Nem ainda o povo descansou da
correrias das compras de final de ano e já podemos perceber o frenesi que tem
tomado as ruas com a proximidade do carnaval. As lojas de adereços estão
cheias, os bares já vivenciam o clima ainda mais presente da folia carnavalesca,
os clubes se preparam para os bailes e matinês, nas praias palcos são montados
e as escolas de samba estão em ritmo acelerado nos ensaios técnicos e na
preparação das alegorias para os grandes desfiles.
Alguns
ainda não sabem que fantasia usar, outros não sabem para onde viajar e outros
ainda se preparam para mentir, trair, beber e se perder. Inevitavelmente todos nós
de certa forma nos envolvemos com o carnaval, seja por vontade seja pela
imposição da mídia e a sedução do momento. Os bancos não funcionarão, nos
hospitais os atendimentos são precários, na televisão não se falará de outra
coisa e os nossos ouvidos ouvirão tão repetidas vezes as músicas da folia que
elas penetrarão em nossas mentes.
Tudo
parece bem nestes dias. O povo se esquece da dor do descaso, das injustiças
sociais, das mortes, violência doméstica, das drogas, do crack, da roubalheira
dos políticos, da falta de médicos nos hospitais, da dengue, da tuberculose que
tem matado militares, dos pedófilos, estupradores, do homem sanguinário e de
tantas outras coisas. Na verdade para o mundo isto não importa, o que importa é
se estarão pulando e “felizes”. Não importa quem está ao lado, importa se ele
está engraçado, diferente; não importa quem seja, o que vale é a festa, a
bebida, a liberdade, a libertinagem, a devassidão.
Na
verdade, o mundo que já está no maligno agora tem liberdade maior para
comandar, reinar, influenciar e determinar.
Não
se esqueça que todos os dias são do Senhor mas esta festa não é nossa. A forma
como você vê o mundo será determinante para que você também se prepare para o
carnaval.
No amor de Cristo,
Pr. Renato Ribeiro