Eu penso que os irmãos mais velhos do que eu podem concordar comigo que há alguns anos não vimos tantos “crentes” como vemos em nossos dias. Eram poucos nas ruas aos domingos quando íamos para as nossas igrejas, e encontrá-los era uma grande alegria para nós. Nos dias atuais, quando estamos nos dirigindo ao culto vemos muitos, são homens, mulheres e crianças, alguns indo na mesma direção que seguimos, e outros tantos em outras direções, mas nos parece que todos caminham para uma igreja a julgar pelo fato que levam uma bíblia na mão.
Diferente também dos dias antigos é a quantidade cada vez mais crescente de igrejas e denominações chamadas de evangélicas que parecem seguir o mesmo Deus e proclamar o mesmo Cristo, mas cada vez mais distantes uma das outras motivadas pela concorrência frenética do crescimento exacerbado como que prova da unção poderosa do Senhor sobre elas.
Repudiando uma leitura real da igreja primitiva é notório que hoje nossa pregação não se coaduna com os sofrimentos, sacrifícios, mortes e perseguições da igreja primitiva e nem mesmo com o posicionamento firme de servir ao Senhor na contra mão de uma sociedade frívola e completamente distante dos propósitos divino.
Seriam as facilidades de nosso tempo a razão para tamanho esfriamento espiritual e falta de compromisso? Será que caminhar a pé como no passado horas para cultuar ao Senhor em um templo fazia com que um crente valorizasse de forma impar a reverencia ao Senhor e ao culto prestando a Ele na companhia de outros queridos com a mesma disposição? Seria a falta de “igrejas-templos” a razão que independente da dificuldade um crente não perdesse a oportunidade de cultuar ao Senhor? Seria o fato de que como eram poucos, todos trabalhavam para Cristo com todo amor, sem esperar que tantos outros pudessem fazer, quando muitos hoje não fazem?
Pois bem, meu querido irmão ou irmã. É fato que as coisas mudam, os tempos mudam, as pessoas mudam, mas o Senhor não. E eu desafio você a avaliar o seu grau de comprometimento com Deus e o seu Reino.
Fraternalmente em Cristo, seu amigo
Pr. Renato Ribeiro
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